Dois patinhos na lagoa



É... vinte e dois aninhos! E nada dessa história de que eu estou ficando velha! Apenas madura, mais experiente! Foi o que eu disse a todos que me vieram com esse papo! Meu dia foi há uma semana, mas só hoje consegui vim registrar. Quase morri de susto ao perguntar a idade da irmã da minha velha e boa amiga Elisa - passei a terça-feira última na casa dela colocando as fofocas em dia - que por sinal completa primaveras no mesmo dia que eu - a irmã, não minha amiga! - 19 ela disse! COMO ASSIM???? 19 é o baralho! A menina fez 15 esses dias! Achei que ela ia responder 16, no máximo 17, e ela me vem com 19! Vá pra baixo da égua com essa conversa!

Pois bem, ou pois mal, fiquei mais velha, um ano a mais no meu currículo, e as novidades não são boas! O mundo parece que se infantiliza, se "primitiviza" enquanto eu cresço e amadureço. É isso mesmo. Aposto como você já se pegou dizendo: "Onde esse mundo vai parar?" ou "O que está acontecendo com as pessoas?" Eu porém, me pergunto isso quase todos os dias.

Agora trabalhando em rádio eu fico por dentro de muita coisa que antes eu nem me antenava, por falta de vergonha na cara mesmo. Desde o último post eu já sabia o conteúdo do próximo - no caso, deste - porém os acontecimentos da semana me deixaram confusa em relação ao foco que eu daria. O Bruno (muito burro por sinal) "matou" a amante por causa do filho, se é que o filho é dele! O rapaz de 20 anos que foi preso por abusar da irmã desde que a menina tinha 8 anos, agora vai ser papai e titio ao mesmo tempo, a menina está grávida. O fulano matou o cicrano de cá e o beltrano estuprou o mariano de lá. MEU DEUS! Tenho que invocá-Lo! O que aconteceu com a sua criação Senhor! Eu ainda quero entender!

Porém, para resumir toda a minha indignação pelo que tem acontecido de atrocidades ultimamente eu escolhi um caso. Leia isso:

"No bairro de Belford Roxo, na Baixada Fluminense, um cavalo sofreu queimaduras graves e sovreviveu a duas paradas cardíacas. Agora ele recebe tratamento no Batalhão da Polícia montada no Rio de Janeiro. Um adolescente, de 16 anos, é suspeito de ter ateado fogo no animal."

Agora você, que teve paciência de ler-me até aqui, me diga: O que a infeliz dessa criança - se é que foi ela mesmo a responsável por essa crueldade - tinha na cabeça para ter uma atitude dessa? É claro que inúmeras coisas podem ter acontecido. Mas, certamente o cavalo não xingou a mãe do menino e nem lhe deu um coice de propósito. Mas o que eu questiono não é isso. Independentemente do que tenha acontecido, eu me pergunto onde está o amor ao próximo, o sentimento de fraternidade, bondade, compaixão e principalmente o amor por si próprio?

Essa criança por algum motivo ateou fogo em um ser indefeso, que nem mesmo correr podia, pois estava amarrado. Na nota não diz, mas de acordo com as reportagens sobre o caso o cavalo pertencia a um catador de lixo e estava no quintal do barracão do dono quando a criança pulou o muro com fósforo e dois litros de gasolina e cometeu o crime.

Agora eu te pergunto: O que aconteceu para que essa criança de 16 anos chegasse ao ponto de uma covardia dessa? Onde estavam os pais desse menino? Deus que não me deixe pagar língua, mas eu culpo e até abstenho o menor infrator da culpa e condeno os pais. Talvez nem os pais, mas os avós, ou talvez até os tataravós. Caráter e índole vêm de berço e nada me tira da cabeça que é isso, e só isso que faz uma pessoa ser do bem ou do mal no final das contas.

Quando eu era criança morei maior parte do tempo com minha avó. Toda semana íamos à igreja eu querendo, ou não. As vezes que eu não queria e fazia birra, uma simples ameaça de apanhar de vara verde me fazia mudar de idéia. E hoje? Você leva seu filho à igreja? Discuti isso com minha amiga essa semana. Como é importante que uma criança vá à igreja. Mesmo que os pais não tenham esse costume, depois de um filho esse hábito tem que se fazer presente. É lá que a criança aprende o que é certo e errado, o que é bom e o que é ruim. E aprende até os limites que deve ter, limites os quais talvez os próprios pais não consigam impor. Não importa religião. O que importa é inserir o indivíduo no meio de outros e mostrá-lo que somos todos iguais e devemos viver em harmonia, ou pelo menos, lutando por ela.

Por isso culpo os pais, avós e tataravós do Bruno, do rapaz de 20 anos e do menino de 16 anos. E não me venha com essa história de que a culpa nem sempre é dos pais, isso é óbvio, pois a criança pode se desvirtuar depois de grande. Mas se tem uma coisa que eu aprendi com os meus "dois patinhos na lagoa" é que depois de dado, o bom ensinamento não se desliga da pessoa, e ela pode até decidir andar por caminhos errados e ter más companias, mas a semente está lá, pronta para brotar, e mais... sempre cutucando.

E para quem discordar, depois eu conto minha história.

3 comentários:

Joice Arantes disse...

"Coisas do dia 08..."
Palavras suas né coleega.
Parabééns pra geente, e que nós sejamos muuuito, muuuito felizes.
Fica com Deus,
um beijo Bebeh. ;*

Aline de Castro disse...

concordo e assino embaixo!

p.s.: ooow,tem que atualizar toda semana viiiiu!Eu venho fiscalizar!!! kkkk =*~

Anônimo disse...

2 patinhos na lagoa - Vinte e dois

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porque lá no fundo todo mundo pensa alto!

Vem dizer...

Vem dizer...
... que às vezes você não pensa alto!